7 coisas que bons pais dizem

janeiro 30, 2015



Muitos são os desafios que um pai enfrenta na criação de seus filhos. Neste artigo, Tim Challies, depois de ter analisado alguns modelos de paternidade que viu durante sua vida, nos traz sete coisas que um bom pai diz. Confira:





7 AFIRMAÇÕES QUE BONS PAIS FALAM


Acho que eu estou deixando para trás uma fase da paternidade, ao mesmo tempo em que entro em outra. Meu filho mais novo está prestes a fazer oito anos, o que significa que nós não apenas passamos os estágios de bebê e de criancinha, mas também estamos perto do fim da fase infantil. Ao mesmo tempo, meu filho mais velho fez catorze anos e está a meses de entrar no ensino médio. Toda essa mudança tem me levado a pensar acerca da paternidade e dos novos desafios que se aproximam de mim. Eu me peguei pensando nos muitos modelos de paternidade que eu tenho visto e admirado ao longo dos anos. O que fez esses pais admiráveis? A partir desses modelos eu esbocei sete coisas que um bom pai diz.

Eu amo você. Poucas coisas são mais importantes para um filho do que saber qual a sua condição perante seus pais. Ao pensar em minha infância, lembro-me de alguns amigos que viviam em incerteza no seu relacionamento com seus pais, mais especificamente com o seu pai. Eles ansiavam ouvir palavras de amor e aprovação. Mas eu via outras crianças que tinham total confiança nesse amor e aprovação. Muitas vezes, a diferença era pouco mais do que três simples palavras repetidas com freqüência: “Eu amo você”. Os homens podem ser tão mesquinhos, tão orgulhosos, e reter essas palavras. Contudo, não existe uma única boa razão para isso. Quanto mais embaraçoso parecer, mais urgente é dizê-lo. Com os pais que admiro, aprendi que um pai precisa dizer: “Eu amo você”, e ele precisa dizê-lo com freqüência.

Deixe-me dar um beijinho que passa. Mesmo quando criancinha, eu me lembro de observar dois tipos de pais na minha igreja. Quando uma criança caía e arranhava os joelhos, eu via os pais reagirem de dois modos. Alguns pegavam seus filhos, colocavam-nos de pé e lhes diziam para superar aquilo: “Está tudo bem. Siga em frente!”. Eles queriam que suas frágeis crianças ficassem mais firmes. Havia outros pais que pegavam seus filhos, seguravam-nos em seus braços, demonstravam consolo e diziam: “Deixe-me dar um beijinho que passa”. Esses eram pais que desejavam que suas ásperas crianças ficassem mais frágeis. Certamente, há momentos em que você deve dizer ao seu filho para seguir em frente, mas há muito mais momentos para demonstrar amor e preocupação em meio a essas quedas e machucões da infância, assim como em meio aos pecados e erros mais sérios que vêm com a idade. Com os pais que admiro, aprendi o valor de dizer: “Deixe-me dar um beijinho que passa” (embora, obviamente, a expressão seja diferente à medida que os filhos crescem!).

Venha comigo. Há muitas coisas na vida que são mais bem percebidas do que ensinadas. Com freqüência, a melhor maneira de treinar um filho é deixá-lo participar da sua vida. Um pai que admiro me ensinou a distinção entre estar face-a-face com meus filhos e estar ombro-a-ombro. Eu vi essa paternidade ombro-a-ombro no meu próprio pai, que freqüentemente me levava consigo em suas andanças, ou, melhor ainda, ao seu trabalho. Isso me permitiu ver o valor de fatigar-se em um dia árduo de trabalho, e o valor de desenvolver relacionamentos com clientes, fornecedores e tantos outros. Isso me permitiu ver que o trabalho é uma extensão do resto da vida, e não uma parte da vida que existe em si mesma. Os pais que eu tenho admirado são os pais que dizem aos seus filhos: “Venha comigo”, e que os recebem em sua vida cotidiana.

Por favor, me perdoe. Todo pai peca contra todos os seus filhos. Ele provavelmente faz isso todos os dias. Lamentavelmente, o pecado é tão inevitável quanto a morte e os impostos. Os pais precisam ter o hábito de identificar seus pecados contra seus filhos e pedir perdão. Porém, à medida que penso em retrospectiva, eu vi e ouvi isso em muito poucos pais. Há apenas alguns poucos os quais eu sei que consistentemente identificam seu pecado e buscam perdão para ele. Ao considerar meus catorze anos de paternidade, eu vejo muito pouco disso também. A prática parece muito mais difícil do que a teoria. O bom pai é aquele que, humildemente e cuidadosamente, diz ao seu filho: “Por favor, me perdoe”.

Você está perdoado. Assim como todo pai peca contra todos os seus filhos, todo filho peca contra o seu pai. O pai que pede perdão também precisa estar pronto a estender perdão. Todo pai pune seu filho em certas ocasiões, mas muitos deles punem seus filhos da pior maneira – guardando rancor ou deixando seu filho sofrer enquanto o pai retém o perdão e a reconciliação. Nossos filhos precisam ser perdoados e precisam experimentar a alegria da reconciliação. Aqui eu penso em um pai que conheço – e que admiro –, o qual me ensinou que um bom pai não diz simplesmente: “Está tudo bem”, mas sempre vai adiante e diz: “Você está perdoado”.

Vamos orar. Há um pai que eu admiro o qual apenas conheci nas páginas dos livros que ele escreveu. De tudo o que ele escreveu, o que mais me fascina são os modos como ele ora com seus filhos. Ele separa um tempo especial na semana para cada filho, e naquele tempo ele indaga sobre suas almas e ora com eles. Isso soa uma prática admirável. E no ritmo da vida diária, com todos os seus altos e baixos, ele também está pronto a guiá-los a buscarem o poder de Deus, o auxílio de Deus, a sabedoria de Deus. Aqui ele os ensina o melhor e mais profundo tipo de dependência no melhor e maior Auxílio do mundo. Eu aprendi com ele que o bom pai está pronto a dizer: “Vamos orar”.

Você não consegue. Nós vivemos em um tempo no qual os pais são conhecidos por serem extravagantes em seu louvor aos seus filhos e por assegurarem-lhes: “Vocês conseguem qualquer coisa”. Mas o bom pai assegura a seus filhos que, na área mais importante, eles não o conseguem. Eles simplesmente não conseguem. Um dos maiores desafios que todo pai cristão enfrenta está em mostrar ao seu filho que o comportamento é um reflexo do coração e que o filho não pode simplesmente decidir mudar o seu próprio coração. E é aqui onde o evangelho se torna tão precioso, porque ele começa com essa incapacidade, conduz diretamente ao sangue e à justiça de Cristo, e assim à capacitação do Espírito Santo. Os pais que eu amo e admiro são os pais que asseguram aos seus filhos: “Vocês não conseguem”, e que rapidamente os conduzem ao evangelho e ao Salvador que consegue.

Eu estou ansioso para ouvir o que você tem aprendido com bons pais. Então, seguindo basicamente o mesmo formato, diga-me o que você tem ouvido um bom pai dizer…



- Por: Tim Challies; Original: 7 Things a Good Dad Says; Copyright © Tim Challies; Website: www.challies.com
- Tradução: Vinícius Silva Pimentel; Original: 7 afirmações que bons pais falam; Copyright © Voltemos ao Evangelho; Website: www.VoltemosAoEvangelho.com.
- Tim Charllies é pastor da igreja Grace Fellowship, em Toronto, no Canadá, editor do site de resenhas Discerning Reader e cofundador da Cruciform Press. Casado com Aileen e pai de três filhos, ele também é blogueiro, web designer e autor de várias obras.

  • Compartilhe:

† IPBPVA - IGREJA PRESBITERIANA PRIMAVERA †

0 comentários